Os títulos do Tesouro Direto são uma opção de investimento que se destaca pela segurança e rentabilidade.
Disponibilizados pelo Governo Federal, esses títulos são voltados tanto para investidores iniciantes quanto para aqueles mais experientes.
Por isso, são uma alternativa interessante para quem busca uma forma estável de fazer o dinheiro render ao longo do tempo.
Com diversas modalidades de títulos, o Tesouro Direto permite que você escolha conforme seus objetivos financeiros, seja a curto, médio ou longo prazo.
Neste post, você vai conhecer os principais tipos de títulos do Tesouro Direto, entender como funciona o processo de compra e venda, assim como os benefícios e desvantagens que esse investimento pode oferecer.
O Que São os Títulos do Tesouro Direto e Como Eles Funcionam?
Os títulos do Tesouro Direto são títulos de renda fixa que o Governo Federal emite para captar recursos para financiar atividades públicas, como infraestrutura e educação.
Quando você adquire um título, está emprestando dinheiro ao governo em troca de uma remuneração, que pode ser paga no vencimento do título ou em parcelas, dependendo do tipo de investimento que você escolheu.
O funcionamento é simples: você escolhe um título, define o valor que deseja investir e, após a compra, começa a receber rendimentos conforme o índice de correção do título, seja ele prefixado, pós-fixado ou híbrido.
Principais tipos de Títulos do Tesouro Direto
OS principais tipos de Títulos do Tesouro Direto incluem:
- Tesouro Selic (LFT)
Atrelado à taxa básica de juros (Selic), esse título é pós-fixado, ou seja, o rendimento depende da variação da Selic.
Ideal para quem busca um investimento com liquidez e segurança, já que suas oscilações são menores em comparação a outros títulos.
- Tesouro Prefixado (LTN)
Aqui, o rendimento é definido no momento da compra. Isso significa que você saberá exatamente quanto receberá no vencimento, independente de variações no mercado.
Esse tipo de título é ideal para quem planeja manter o investimento até o prazo final, pois sua rentabilidade pode ser afetada em caso de venda antecipada.
- Tesouro IPCA+ (NTN-B)
O Tesouro IPCA+ é um título híbrido, pois combina uma taxa fixa com a variação da inflação (IPCA).
Ele garante a correção do seu investimento pela inflação, além de pagar um percentual de juros fixos. Por isso, é uma boa escolha para quem deseja proteger o poder de compra no longo prazo.
Como Escolher o Título Certo para Diferentes Prazos?
A escolha do título ideal depende do horizonte de investimento e do perfil do investidor.
A seguir, detalhamos as recomendações de títulos do Tesouro Direto para curto, médio e longo prazo, conforme a análise de Lucas Queiroz.
Curto Prazo: Tesouro Selic 2027
O Tesouro Selic 2027 é uma excelente opção para quem busca liquidez e rentabilidade acima da inflação no curto prazo.
Esse título pós-fixado tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic e atualmente oferece uma taxa de negociação de Selic + 0,521%.
De acordo com Lucas Queiroz, estrategista de renda fixa do Itaú BBA, a expectativa é de que a taxa Selic se mantenha elevada no primeiro semestre de 2025.
Isso torna esse título atrativo, especialmente para quem busca uma proteção contra a volatilidade do mercado.
Além disso, o Tesouro Selic 2027 é recomendado para compor a reserva de emergência ou amortecer a volatilidade da carteira.
Médio Prazo: Tesouro Prefixado 2027
Para o médio prazo, a recomendação de Queiroz é o Tesouro Prefixado 2027. Este título oferece uma rentabilidade fixa, atualmente em torno de 12,40% ao ano.
Para investidores que acreditam em uma queda futura da Selic, essa é uma excelente oportunidade de garantir um retorno elevado, independentemente das variações da economia.
Lucas Queiroz acredita que a Selic poderá recuar para 11% ao ano ainda em 2025. Isso que tornaria esse título ainda mais vantajoso para quem deseja fixar uma taxa elevada agora.
No entanto, é importante lembrar que, por ser prefixado, esse título apresenta maior volatilidade até o vencimento.
Longo Prazo: Tesouro IPCA+ 2045
Quando o objetivo é o longo prazo, os títulos atrelados ao IPCA se destacam. A recomendação de Lucas Queiroz é o Tesouro IPCA+ 2045, que oferece uma rentabilidade de IPCA + 6,36% ao ano.
Esse título garante uma proteção contra a inflação ao longo de todo o período de investimento, além de uma taxa de retorno real.
Essa opção é ideal para quem tem objetivos de longo prazo, como aposentadoria, pois o rendimento será composto ao longo do tempo, aproveitando o efeito dos juros compostos.
Oportunidades no Cenário Atual
Apesar da recente alta da taxa Selic e das incertezas no cenário econômico global, especialistas como Lucas Queiroz enxergam oportunidades no mercado de títulos públicos.
A divergência entre as expectativas do mercado e as projeções do Itaú BBA sobre o comportamento da inflação e da taxa de juros cria uma janela de oportunidade para os investidores.
Segundo Queiroz, as expectativas do mercado estão pessimistas, principalmente no que diz respeito à inflação e à Selic.
Enquanto muitos investidores projetam uma Selic acima de 13% para 2025, o Itaú BBA aposta em uma taxa de 11%. Isso reforça a atratividade dos títulos prefixados e atrelados ao IPCA que, no momento, oferecem prêmios consideráveis.
Como Comprar e Vender Títulos do Tesouro Direto?
O processo de compra dos títulos do Tesouro Direto é bastante simples e pode ser totalmente online.
Para começar, é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores ou banco autorizado que tenha acesso ao Tesouro Direto.
Uma vez com a conta aberta, o investidor pode acessar a plataforma do Tesouro Direto, escolher o título mais adequado aos seus objetivos e realizar a compra. O pagamento é via débito em conta.
Já a venda de títulos pode ser feita a qualquer momento. Mas é importante entender que, dependendo das condições de mercado, vender antes do prazo de vencimento pode gerar ganhos ou perdas.
Contudo, para quem mantém o investimento até o final, os riscos são mínimos.
Vantagens de Investir em Títulos do Tesouro Direto
Dentre as vantagens de investir em Títulos do Tesouro Direto, podemos citar, por exemplo:
- Segurança: os títulos do Tesouro Direto são alguns dos investimentos mais seguros do Brasil, pois o risco de calote por parte do governo é muito baixo.
- Acessibilidade: com valores mínimos de aplicação a partir de R$30,00, o Tesouro Direto é uma excelente opção para investidores de todos os perfis e rendas.
- Liquidez: a qualquer momento você pode vender seus títulos no mercado secundário. Portanto, o acesso ao dinheiro em caso de necessidade é muito fácil.
- Variedade de Títulos: com diferentes tipos de títulos, você pode escolher aquele que melhor atende seus objetivos financeiros, seja acumular patrimônio, proteger-se contra a inflação ou obter uma renda fixa garantida.
- Rendimentos Atrativos: em especial quando comparado à poupança, os rendimentos do Tesouro Direto tendem a ser mais vantajosos. Isso o torna uma escolha interessante para quem deseja uma boa rentabilidade com pouco risco.
Desvantagens dos Títulos do Tesouro Direto
Vejamos agora as desvantagens dos Títulos do Tesouro Direto:
- Taxa de Custódia: embora seja um valor baixo, o Tesouro Direto cobra uma taxa de custódia da B3 (atualmente 0,2% ao ano) sobre o valor dos títulos. É importante considerar esse custo, especialmente em investimentos de curto prazo.
- Tributação: os rendimentos dos títulos estão sujeitos à tributação do Imposto de Renda, com alíquotas que variam de 15% a 22,5% dependendo do tempo que o dinheiro fica investido.
- Oscilações de Preço (marcação a mercado): no caso dos títulos prefixados e IPCA+, o preço do título pode oscilar diariamente. Isso significa que, em uma venda antecipada, você pode ter perdas se as condições do mercado forem desfavoráveis.
Taxas e Custos dos Títulos do Tesouro Direto
Além da taxa de custódia cobrada pela B3, é importante ficar atento às eventuais taxas que a corretora cobra.
Atualmente, muitas corretoras oferecem isenção de taxa de administração, o que torna o investimento ainda mais atrativo.
A tributação segue a tabela regressiva do Imposto de Renda para investimentos de renda fixa, sendo:
- 22,5% para investimentos de até 180 dias;
- 20% para investimentos entre 181 e 360 dias;
- 17,5% para investimentos entre 361 e 720 dias;
- 15% para investimentos acima de 720 dias.
Critérios de Elegibilidade e Requisitos
Para começar a investir no Tesouro Direto, é preciso atender a alguns critérios básicos:
- Idade mínima: é necessário ser maior de 18 anos para realizar a aplicação, mas menores podem investir por meio de um responsável legal.
- Cadastro: abrir conta em uma corretora ou banco autorizado.
- Renda mínima: não há um valor de renda mínima exigido, o que torna o Tesouro Direto acessível a todos.
Passo a Passo Para Investir em Títulos do Tesouro Direto
- Abra uma conta em uma corretora de valores ou banco: escolha uma instituição que ofereça acesso ao Tesouro Direto.
- Cadastre-se no Tesouro Direto: após abrir a conta, faça seu cadastro na plataforma do Tesouro Direto, disponível no site da instituição escolhida.
- Escolha o título: em seguida, analise seus objetivos e selecione o título mais adequado.
- Realize a compra: insira o valor que irá investir e conclua a compra. O pagamento será debitado da sua conta.
- Acompanhe os rendimentos: você pode monitorar seu investimento diretamente na plataforma do Tesouro Direto ou através da corretora.
Conclusão
Os títulos do Tesouro Direto são uma excelente opção para quem busca investir com segurança e boa rentabilidade.
Além disso, com diversas modalidades disponíveis, é possível escolher aquela que mais se adequar ao seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros.
Ademais, se você está começando no mundo dos investimentos ou já possui experiência, o Tesouro Direto oferece flexibilidade, acessibilidade e vantagens competitivas.
Explore as opções e comece a investir agora mesmo, garantindo o futuro do seu patrimônio!