IOF

Por: Rebeca Ferraz em 25/07/2022

Você sabe o que é o IOF, e para que ele serve? Aqui, você poderá sanar todas as suas dúvidas sobre esse imposto.

Quando falamos em finanças, conhecer os impostos é essencial para conseguir se organizar da forma correta.

Sabemos que impostos podem ser um assunto bem chato. Mas eles estão presentes em praticamente todas as nossas atividades financeiras, e compras que realizamos diariamente.

Dentre os principais impostos que costumamos pagar, está o IOF, que é um imposto federal, e um dos principais quando o assunto é o financiamento do setor público do país.

Por isso, criamos esse guia para tratar especificamente do IOF. Abaixo, você pode conferir todos os detalhes desse imposto, como funciona, o que é e como ele se aplica.

O que é IOF?

IOF é a sigla que resume Imposto Sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome já diz, a cobrança desse imposto ocorre quando você realiza uma transação financeira, seja uma pessoa física ou jurídica.

Ele está presente quando você fará um plano de seguro, quando precisa pagar uma conta utilizando o seu cartão de crédito, e quando vai vender alguns títulos, como os títulos públicos.

E é exatamente por isso que esse imposto se tornou umas das maiores e principais fontes de recursos para o Governo Federal, pois todo mundo precisa realizar operações de crédito diariamente.

Inclusive, o IOF se tornou uma ótima fonte para analisar a atividade econômica como um todo. Quando a arrecadação está alta, isso é um bom sinal, pois mostra que as pessoas estão gastando.

Do outro lado, quando a arrecadação cai, isso acende um sinal vermelho para o governo como um aviso de que as coisas na economia não andam muito bem.

Qual o valor cobrado?

Como explicamos acima, a cobrança desse imposto ocorre em cima das operações financeiras.

As principais delas são: resgates de investimentos, operações de câmbio (de compra e venda de moedas estrangeiras), em situações de empréstimos e financiamentos, quando é utilizado o cheque especial ou o crédito rotativo, quando é realizada uma compra internacional com o cartão de crédito e no momento de fazer um seguro.

Mas o percentual de IOF que se cobra, varia de pessoa física para pessoa jurídica. No caso de pessoas físicas, a cobrança é de 4,08%. Em contrapartida, para pessoas jurídicas, esse percentual cai para 2,04%.

Além disso, a cobrança também varia de operação para operação. Por exemplo, no caso das compras internacionais com cartão de crédito, a maioria das instituições cobra um IOF de 6,38% por operação.

Já para seguros de vida, a taxa é de 0,38%, e de 1,10% para as operações de câmbio.

Portanto, é importante conferir a tabela de tarifas do imposto atualizada, para verificar todos os serviços financeiros que são taxados, e qual o percentual de cada um.

Como funciona o IOF para compras internacionais?

Uma das operações financeiras que mais recebem o IOF, são as compras internacionais. Geralmente, os bancos e instituições financeiras operadoras de cartões de crédito, costumam informar qual é o percentual cobrado nessas operações.

Como você já deve saber, as compras realizadas com o seu cartão de crédito no exterior recebem uma alíquota de 6,38% (na maioria dos casos), que é referente à cobrança do IOF por parte do governo federal.

Isso quer dizer que, a cada operação realizada com o cartão, independente do valor, uma taxa adicional será cobrada, que é justamente a taxa do IOF.

Por exemplo, se você realiza uma compra no exterior com o seu cartão de crédito no valor de R$10.000,00, você terá que pagar uma taxa adicional de R$638,00, totalizando R$10.638,00.

É por isso que uma das principais dicas em viagens internacionais, é evitar realizar as compras com o seu cartão de crédito.

IOF e investimentos

Outra atuação central do imposto é em cima de investimentos. Ao contrário do que muitos investidores mais novos pensam, os investimentos não estão livres do IOF se forem investimentos de renda fixa ou fundos de investimentos.

Mas, no mundo dos investimentos, a cobrança do IOF é um pouco diferente. Nesses casos, essa taxa só será cobrada se você vender o seu título em menos de 30 dias após a data da compra.

Isso quer dizer que, se você comprar um título no dia 1 e vendê-lo no dia 31, não será necessário pagar IOF.

Além disso, uma das suas vantagens para investimentos, é que o valor da alíquota vai diminuindo progressivamente com o passar dos dias.

Por fim, um ponto a ressaltar é que a alíquota de IOF em investimentos, é cobrada sempre em cima da rentabilidade, e não do dinheiro que você investiu.

Desse modo, considera-se apenas o lucro que você teve no cálculo do IOF, em casos que o título for vendido antes dos 30 dias.

Há cobrança em cima de ações?

Outra dúvida muito comum com relação a esse imposto, é se há cobrança desse imposto em cima de ações.

E a resposta é não, as ações são totalmente isentas da cobrança do IOF, independente do período de compra e venda da mesma. Dessa forma, até mesmo as operações que ocorrem no mesmo dia, como day traders, não recebem o imposto.

Tem como não pagar o IOF nas operações financeiras?

Por estar presente em muitas operações, é comum que algumas pessoas tentem encontrar formas de não precisar pagar o IOF.

No entanto, não é possível se isentar da cobrança de alíquota do IOF, afinal, ele é um dos impostos que acaba incidindo sobre todos os tipos de operações financeiras, não sendo possível isentá-lo por completo.

Mas a boa notícia, é que existem formas de pagar menos IOF! Confira algumas dicas a seguir:

Quando for realizar viagens internacionais e precisar fazer alguma compra, evite utilizar o seu cartão de crédito, pois ele te renderá uma tarifa de 6,38% a mais sobre cada transação. Nesses casos, pode valer mais a pena sacar o dinheiro e arcar somente com a taxa de saque, por exemplo.

Se você for investir no CDB, no Tesouro ou em qualquer outro tipo de investimento, já se programe para não precisar mexer no valor pelos próximos 30 dias. Dessa forma, você se livra da cobrança do IOF.

Evite, ao máximo, entrar no cheque especial da sua conta. A melhor forma de fazer isso é se organizando financeiramente. O cheque especial é uma das operações financeiras que mais possuem taxas de juros de todo o mercado financeiro, e uma delas é o IOF. Por isso, sempre fuja do cheque especial!

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